APELO À PESQUISA NO BRASIL
- Tainá Fernanda Pedrini
- 4 de out. de 2021
- 2 min de leitura

Há pouco tempo, ao falar sobre pesquisa científica, ouvi, mais uma vez, a seguinte afirmação: ´É uma pena que essas pesquisas não são utilizadas para nada´.
Àqueles que dedicam boa parte do seu tempo a estudar e a pesquisar, com o objetivo de produzir algo de qualidade para poder contribuir, mesmo que de forma singela, ao desenvolvimento do setor educacional do Brasil, em suas respectivas áreas, ao ouvir essas afirmações, têm aflorados sentimentos inexplicáveis.
Não pense, Leitor, que elas foram provenientes de pessoas que, infelizmente, não tiveram acesso devido à educação. Na verdade, boa parte delas foram de quem, ao menos, deveria ter produzido algo à construção de pensamentos, discussões e teorias em suas respectivas áreas e linhas de pesquisa, porque possuem Ensino Superior completo, o que é uma vitória no Brasil.
Brevemente, esse assunto veio à tona, em um sábado à noite, após realizar revisão de notícias de 2019 e observar o número de pessoas envolvidas com pesquisa no país, que obtiveram resultados muito positivos.
No Direito, as decisões judiciais que, por lógica, influenciam diretamente a vida das pessoas, dependem (e muito) de pesquisas desenvolvidas. Do mesmo modo, a produção legislativa.
As demais, as quais não pretendo aprofundar, porquanto, reconheço, não são minhas áreas de atuação, funcionam da mesma forma, ao que tenho acesso. As pesquisas na medicina, por exemplo, “somente”, são causa da manutenção da vida humana. Inclusive, após muita perseverança – até chegar à conclusão esperada.
Este texto, agora publicado no Blog do Prof. Dr. Cesar Pasold, com sua respectiva aprovação, é um apelo de quem, apaixonada pela pesquisa, sente-se extremamente entristecida pela forma com quem ela (e a educação no geral) é tratada no país, com a esperança de que Professores, Pesquisadores e autoridades engajadas no tema possam, tão logo, obter êxito nessa jornada árdua que é educar, pesquisar e pensar, rotineiramente, em como trazer algo efetivo às mazelas que acometem nosso Brasil. Digo que, boa parte deles, são verdadeiros heróis que fazem o que podem com a situação da educação no país.
Deixo, com orgulho, como registro a cientista brasileira, Lia Medeiros, que, dentre outros 199 pesquisadores, foi responsável por capturar imagem do buraco negro, pela primeira vez. Juliana Estradioto, também, obteve reconhecimento nos EUA, ao conquistar o primeiro lugar, na categoria ‘Ciências Materiais’, no maior evento de ciência do mundo.
Por fim, na atual conjuntura, digo que este texto não tem cunho político.
O problema da educação no Brasil é histórico.
Muitas vezes, é necessário dizer o óbvio a fim de (tentar) evitar interpretações diversas.

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